Em entrevista ao THR, Samuel L. Jackson expressou suas preocupações em relação ao uso da sua imagem “em perpetuidade” pelos estúdios e produtoras que desejam trabalhar com ele. O renomado ator revelou que há décadas tem levantado questões sobre inteligência artificial e recriação digital de atores.
O ator compartilhou sua desconfiança inicial quando o diretor George Lucas solicitou que ele fosse escaneado para o filme Star Wars: A Ameaça Fantasma. Apesar da amizade com Lucas, eles tiveram longas conversas sobre o assunto, e o diretor explicou que o escaneamento era uma medida prática para garantir a continuidade das personagens, especialmente com elenco mais velho, mesmo em caso de imprevistos.
Ao falar sobre sua experiência no MCU, Jackson mencionou que a cada mudança de visual de Nick Fury, ele passava por sessões de escaneamento. No entanto, durante as gravações de Capitã Marvel, quando o ator teve seu rosto rejuvenescido digitalmente, ele ficou alarmado ao perceber que seu rosto poderia ser usado sem seu consentimento. Essa situação despertou uma preocupação genuína em relação ao futuro da indústria cinematográfica.
O ator enfatizou que os atores deveriam seguir seu exemplo e recusar contratos que permitam o uso de suas imagens “em perpetuidade” ou em “circunstâncias conhecidas ou ainda não conhecidas”. Ele vê essa cláusula como uma falta de aprovação pessoal e toma a atitude de riscá-la dos contratos que lhe são apresentados.
Samuel L. Jackson acredita que é importante levantar essas questões e conscientizar sobre os riscos e implicações éticas da inteligência artificial e da recriação digital de atores. Com sua posição firme, ele espera influenciar a indústria a repensar essas práticas e proteger a integridade dos atores no uso de suas imagens.
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